sexta-feira, 23 de março de 2012

Polêmicas: Os gigantescos nadas


Com toda essa polêmica sobre a lei geral da copa e sobre vender ou não bebida alcoólica nos estádios, parei para pensar: como são inúteis as polêmicas.

Todo ano surgem uma, duas, três, várias polêmicas que mobilizam o país inteiro. Verdadeiras febres, todo mundo tem de saber um pouco para dar sua palpitada. Mas o que me intriga mesmo é como assuntos de tão pouca importância acabam no centro das atenções. Como o caso da bebida alcoólica.

Sinceramente? To pouco me lixando se será ou não aprovado beber água, pinga ou diesel nos estádios. Eu fico preocupado mesmo é com o que farão com os estádios no Amazonas, Mato Grosso e Distrito Federal quando a copa acabar, ou melhor, até enquanto a copa durar, porque eu acho algo totalmente incabível (para não dizer idiota) construir estádios de centenas de milhões de reais para haver DOIS jogos com mais de 10 mil pessoas nele. Não é possível. Como os nossos representantes deixam passar algo tão grandioso e estapafúrdio como esses estádios e agora se mobilizam aos montes para discutir se vendem ou não cerveja?



Outra coisa que todo ano de eleição entra em pauta e todo ano me deixa puto é a questão do aborto. Todo debate alguém faz a miserável pergunta sobre o aborto. Eu me pergunto: Para que? Por quê? Qual a relevância disto? Parece que, sei lá, aborto é uma palavra que surge só de 4 em 4 anos, em ano de eleição presidencial, para que algum candidato fale que é neutro sobre a questão e que temos de fazer um plebiscito e blá, blá, blá.

A polêmica em torno de privatização também me deixa mal humorado. 90% das pessoas que falam mal do assunto não sabem 5% do básico sobre ele, só sabem falar “estão vendendo nosso país”. E isso parece algo contagiante, parece que todos querem poder falar que “estão vendendo nosso país”, é patriótico, quase heróico.

E o mais engraçado é que depois de toda a discussão em cima das polêmicas, nada acontece. Todo mundo esquece do assunto e partem para outro sem ter encontrado soluções. Parece um balão de ar, que vai enchendo, crescendo e quando está bem grande, estoura e desaparece. Não deixando nenhum legado além de pulmões desgastados.


Ainda sobre polêmicas, vale lembrar a celebrada frase de Bruno Rodrigues:
“Hoje vamos falar sobre um assunto polêmico: Mamilos! Mamilos são polêmicos”.

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