quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Judas. O Traidor?

Nunca tinha me atentado nesse detalhe até ouvir a música do Raul abaixo. Judas merece mesmo ser tão apedrejado?



Parte de um plano secreto
amigo fiel de Jesus
eu fui escolhido por ele
para pregá-lo na cruz
Cristo morreu como um homem
um mártir da salvação
deixando para mim seu amigo
o sinal da traição.

Mais é que lá em cima
lá na beira da piscina,
olhando simples mortais
das alturas fazem escrituras
e não me perguntam se é pouco ou demais

Se eu não tivesse traído
morreria cercado de luz
e o mundo hoje então não teria
a marca sagrada da cruz
e para provar que me amava
pediu outro gesto de amor
pediu que o traísse com um beijo
que minha boca então marcou.

Mais é que lá em cima
lá na beira da piscina,
olhando simples mortais
das alturas fazem escrituras
e não me perguntam se é pouco ou demais

ZELDA

SENSACIONAL

Blogs Cristãos

Já clicaram no botão "próximo blog" alí de cima? Pois eu sim. E não sei porquê, de cada 10 blogs que eu passei, 6 foram blogs cristãos. Não sei qual o critério eles usam para ir ao próximo blog, mas de duas, uma: Ou tem muito blog cristão aqui, ou eu sou muito religioso e não sabia.

Orlando Silva decide deixar o Ministério do Esporte e vai entregar carta de demissão a Dilma

BRASÍLIA - O ministro do Esporte, Orlando Silva, vai entregar sua carta de demissão nesta quarta-feira em encontro com a presidente Dilma Rousseff, marcado para as 15h. Orlando Silva vai reafirmar sua inocência a presidente e dizer que a sua saída do comando da pasta será melhor para o Brasil. O nome de consenso do PCdoB para substituí-lo é o de Aldo Rebelo, ex-ministro de Relações Institucionais do governo Lula.


E ae galera? Dúvidas que essa Copa do Mundo está cheia de titica?



fonte: O Globo

terça-feira, 18 de outubro de 2011

O tamanho do investimento...

Ontem teve uma palestra na faculdade sobre o novo Parque Tecnológico de Sorocaba. O Parque terá uma estrutura de mais ou menos (bem chutado, vá lá) 20 mil m² e custará 50 milhões. Pois é galera, 50 milhões. Muito? A prefeitura de São Paulo dará 420 milhões de isenção para o Corinthians pelo estádio, o suficiente para construir mais 8 Parques Tecnológicos.

Não vou questionar o tamanho do bem que fará cada investimento... mas é bom saber o tamanho deles.

Mais aqui ou procure no google: http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=parque-tecnologico-sorocaba

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Muros e Grades

Essa letra é uma das mais filosóficas que já vi. Tem a mensagem de "Minha Alma" nela, mas vai além, e trata de existencialismo (como é até comum nas letras de Gessinger). É muito boa, cada verso tem uma profundidade imensa. Genial. Pensei em destacar os meus versos favoritos, mas não dá, gosto da música inteira.




Nas grandes cidades, no pequeno dia-a-dia
O medo nos leva tudo, sobretudo a fantasia
Então erguemos muros que nos dão a garantia
De que morreremos cheios de uma vida tão vazia


Nas grandes cidades de um país tão violento
Os muros e as grades nos protegem de quase tudo
Mas o quase tudo quase sempre é quase nada
E nada nos protege de uma vida sem sentido


Um dia super, uma noite super, uma vida superficial
Entre as sombras, entre as sobras da nossa escassez
Um dia super, uma noite super, uma vida superficial
Entre cobras, entre escombros da nossa solidez


Nas grandes cidades de um país tão irreal
Os muros e as grades nos protegem de nosso próprio mal
Levamos uma vida que não nos leva a nada
Levamos muito tempo pra descobrir
Que não é por aí... não é por nada não
Não, não pode ser... é claro que não é, será?


Meninos de rua, delírios de ruínas
Violência nua e crua, verdade clandestina
Delírios de ruína, delitos e delícias
A violência travestida faz seu trottoir
Em armas de brinquedo, medo de brincar
Em anúncios luminosos, lâminas de barbear


(solidez)


Viver assim é um absurdo como outro qualquer
Como tentar o suicídio ou amar uma mulher
Viver assim é um absurdo como outro qualquer
Como lutar pelo poder
Lutar como puder

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Refúgio da Razão (por Gus Morais)

Essa tirinha veio em um momento oportuno, estes dias mesmo conversava com uma amiga sobre como seria difícil para mim quando eu estivesse morrendo. Pois, como cético religioso que sou, não acredito em vida após a morte. Então o que sobrará para mim quando moribundo? Será que vou acabar abdicando da razão por um pouco de esperança?

Já falei desse cara, o link do site dele tá ali no canto.

Utopia, por onde começar?

De quinta-feira tenho as duas aulas com mais questões sem respostas do meu curso. Ética (com um professor de Filosofia um tanto excêntrico) e Sociologia. Ontem, não acompanhei a aula de ética, apenas a de sociologia, onde o professor apresentou um vídeo de um cara chamado Galeano em que ele disserta em verso e prosa sobre Utopia. Depois o professor, o qual não me recordo o nome, deu a explicação de que Utopia parte do princípio coletivo, de que Utopia não se trata de desejos egoístas, mas sim de uma imaginativa sociedade perfeita. Depois dessa explicação, perguntou sobre o que é preciso fazer para caminharmos em direção a utopia. Sem rodeios, vou verbalizar de forma aleatória minhas idéias e teorias sobre esta caminhada, vou colocar uma por vez para não ficar maçante. A primeira é:


       Controle de natalidade

Vejo este como um problema tão grandioso e tão óbvio. É evidente que se tivermos menos bocas a alimentar teremos mais fartura, se tivermos menos gente para abrigar teremos mais terra, se tivermos menos gente para beber teremos mais água. Com menos gente teríamos que produzir menos, nossas reservas naturais durariam mais e teriam mais tempo para se regenerar, geraríamos menos lixo e este teria mais tempo para se degradar. A solução para os problemas econômicos não está em produzir mais e mais, sim em consumir menos.
Bom, aí você me pergunta: Mas será que com menos pessoas conseguiríamos produzir o suficiente? Não é preciso uns miseráveis suando em trabalhos braçais para manter a mordomia de alguns? Voilà, uma colheitadeira substitui, em uma plantação de cana, de 80 a 100 trabalhadores, os bóias-frias, como não acham outro emprego a não ser o de cortar cana, precisam se submeter a, todos os 100 juntos, custar menos que uma colheitadeira. O processo para a produção de uma colheitadeira há de ser bem automatizado, digamos que sejam necessárias 100 pessoas para produzir uma por dia, desde as peças até a montagem.
Digamos que a população caiu e agora dos 100 funcionários necessários, a AVD Colheitadeiras LTDA tem apenas 50, dos 100 baratos bóias-frias sobraram apenas 50 e agora, vejam só, estão cobrando caro para cortar cana, a DNT Açucareira, assustada com o piso dos bóias prefere comprar colheitadeiras. Solução? Os 50 bóias-frias que sobraram tornam-se operadores de máquinas na AVD, que fornece às colheitadeiras para a DNT poder fazer a colheita, menor por sinal, pois já não é necessário tanto açúcar nesse mundo.
No final dessa história toda o que quero dizer é que, hoje em dia, a tecnologia substitui os braços dos homens. E não é justo, nem necessário que tenhamos que disputar empregos com máquinas, seremos sempre menos eficientes, logo, mais baratos. Isso é bom para quem? Só para aquele 1% de pessoas que são donas das AVDs E DNTs da vida (e essas pelo menos em minha utopia, precisam perder poder).
Conseguem perceber como a diminuição da natalidade faz com que a roda do capitalismo gire mais devagar mantendo todo mundo satisfeito em suas necessidades básicas? Assim sendo, com o capitalismo respeitando o limite de velocidade, com recursos em abundância e com a tecnologia fazendo o pesado por nós, não precisaríamos trabalhar tanto, tendo mais tempo para educação, arte, cultura, ciência e lazer (conjunto de itens que irei chamar de prazer social), fazendo com que a sociedade evolua cada vez mais. = )

E não venha me dizer que o controle de natalidade é outra utopia. O governo poderia muito bem incentivar as pessoas a ter menos filhos de várias formas alternativas, fora que a própria liberdade sexual e a correria e falta de espaço nos centros urbanos já contribui para esse controle.

Próximo ponto: jornada de trabalho.