terça-feira, 29 de dezembro de 2009

Será o fim do império Google?

retirado de Knight Center for Journalism

Jornais planejam deixar conteúdo de fora do Google

Editoras de jornais de Denver e Dallas podem se unir a Rupert Mardoch e seu conglomerado de comunicação News Corp., e bloquear parte de seu conteúdo no site de notícias da Google, informa o diário El Economista, com informações da Bloomberg.
A News Corp., segunda maior empresa de mídia dos Estados Unidos (atrás apenas da Disney), está em negociação com a Microsoft para entregar os direitos exclusivos para difusão de seus conteúdos do novo portal da companhia de software, Bing, informaram os jornais Financial Times e El País.
A Corporação Australiana de Radiodifusão acrescenta: “Microsoft e Rupert Murdoch uniram forças contra um inimigo comum. (...) A Microsoft quer transformar seu próprio sistema de busca, o Bing, em um verdadeiro concorrente da Google”.
Murdoch já havia ameaçado este mês remover todo o conteúdo de seus jornais – inclusive o Wall Street Journal e o Times de Londres – como parte dos planos da News Corp. de cobrar por todo seu conteúdo online.

sábado, 26 de dezembro de 2009

Seres do Céu, Eywa e Avatar

Atenção! O post está infestado de spoillers do filme Avatar. Para os que ainda não tiveram o prazer de assistir o filme, recomendo que o assistam antes de ler.



Esse tal James Cameron é mesmo um talento diferenciado! Foi-se Terminator, Titanic e agora o lindíssimo Avatar, todos frutos de uma dedicação louvável do rapaz. Seu último, o dito Avatar, é um dos filmes mais bonitos que já vi, tanto do ponto de vista estético (3D LOL), quanto do narrativo. É impossível não se emocionar com o drama Na'vi (os humanóides extraterrestres do filme), com a devastação do habitat natural deste sábio povo em prol do extrativismo capitalista. É de cortar o coração, e infelizmente é uma realidade, não chega a ser do grau interplanetário, mas que o extrativismo está descontrolado isto sem dúvidas!
Juro. Quando vi a cena da derrubada da grande árvore pensei estar vendo o desmatamento amazônico na tela. Mas no lugar da grande árvore, via centenas delas. No lugar dos Na'vi, via uma variedade imensa de animais, muitos deles presentes apenas aqui no Brasil. Na minha fértil imaginação, apenas uma coisa permaneceu do mesmo modo do filme: A sociedade capitalista inconseqüente causadora de todo este transtorno.
Ouvi em todos os meios de telecomunicação que este foi o ano em que menos se desmatou a Amazônia deste que começaram as estatísticas, mas em poucos meios ouvi dizer que continua sendo desmatada uma área do tamanho do Morumbi por dia. A redução do desmatamento não pode ser apenas uma justificativa para a poluição desenfreada da sociedade. A sustentabilidade, tão citada por políticos e afins, tem de ser mais que á mera retórica comum nos discursos. Só assim conseguiremos conciliar a atividade industrial com o ciclo natural do planeta. O difícil é mudar nosso estilo de vida e abdicar do capital provido da devastação.
Como toda boa narrativa, Avatar tem um final feliz. No final das contas, os seres azuis conseguem, com a ajuda de Eywa, expulsar os humanos e sua corporação de Pandora e reconstruir sua perfeita sociedade. Infelizmente, no mundo real não temos a mesma consciência dos Na’vi da importância da natureza e nem a mesma dedicação em protegê-la, o que pode custar nosso final feliz. Para os pessimistas, realmente não podemos alterar os hábitos das grandes “enterprises” que dominam o sistema e fazem a maior parte da sujeira, mas se mudarmos nossos próprios já teremos algum resultado, só não podemos largar mão. Afinal quem está por trás do “monstro invisível” se não nós?

Ref.:
     As estatísticas do desmatamento amazônico foram retiradas de Imazon e G1;
     Para saber mais sobre a sustentabilidade pode-se acessar Portal da Sustentabilidade ou Planeta Sustentável;
     Enterprises, palavra inglesa, refere-se a Empresas ou Corporações;
     Monstro Invisível é uma referência a música homônima d'O Rappa.

sábado, 19 de dezembro de 2009

Iron Man 2!

Saiu o trailer do aguardadíssimo Iron Man 2. Sempre me senti atraido pela trama em volta deste personagem: a vida corporativa, as relações políticas e sua instabilidade psicológica. Tudo muito intrigante e curioso, sem dúvida um dos mais interessantes super-heróis de todos os tempos.
O primeiro filme dele fora muito bom, um prólogo, como "Batmam Begins". Agora espera-se um filme como "Batman - The Dark Knight", já que como os personagens já foram apresentados, é mais fácil trabalhar suas personalidades, sem precisar desacelerar a trama.
Confiram no trailer uma ponta da trama de Iron Man 2 [COOL]:

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

O outro lado do aquecimento!

O artigo abaixo, retirado da UOL, exibe a opinião de um importante climatologista brasileiro. Segundo ele, o discurso de aquecimento global, não é inventado, e sim, recortado em partes para enfatizar uma inconveniência que talvez não seja tão verídica.
Fica claro agora, a facilidade em manipular questões científicas de grandes proporções politicas e sociais. Indiferente da veracidade do artigo abaixo, jamais deveria haver um abismo tão colossal entre um embasamento científico que defende uma tese e outro que a reprime, ainda mais em embasamentos tão importantes para todo o planeta. Há muitas coisas erradas nesta história e muitos interesses em risco.


"Não existe aquecimento global", diz representante da OMM na América do Sul

Por Carlos Madeiro
Especial para o UOL Ciência e Saúde

Com 40 anos de experiência em estudos do clima no planeta, o meteorologista da Universidade Federal de Alagoas Luiz Carlos Molion apresenta ao mundo o discurso inverso ao apresentado pela maioria dos climatologistas. Representante dos países da América do Sul na Comissão de Climatologia da Organização Meteorológica Mundial (OMM), Molion assegura que o homem e suas emissões na atmosfera são incapazes de causar um aquecimento global. Ele também diz que há manipulação dos dados da temperatura terrestre e garante: a Terra vai esfriar nos próximos 22 anos.








Em entrevista ao UOL, Molion foi irônico ao ser questionado sobre uma possível ida a Copenhague: “perder meu tempo?” Segundo ele, somente o Brasil, dentre os países emergentes, dá importância à conferência da ONU. O metereologista defende que a discussão deixou de ser científica para se tornar política e econômica, e que as potências mundiais estariam preocupadas em frear a evolução dos países em desenvolvimento.

UOL: Enquanto todos os países discutem formas de reduzir a emissão de gases na atmosfera para conter o aquecimento global, o senhor afirma que a Terra está esfriando. Por quê?
Luiz Carlos Molion: Essas variações não são cíclicas, mas são repetitivas. O certo é que quem comanda o clima global não é o CO2. Pelo contrário! Ele é uma resposta. Isso já foi mostrado por vários experimentos. Se não é o CO2, o que controla o clima? O sol, que é a fonte principal de energia para todo sistema climático. E há um período de 90 anos, aproximadamente, em que ele passa de atividade máxima para mínima. Registros de atividade solar, da época de Galileu, mostram que, por exemplo, o sol esteve em baixa atividade em 1820, no final do século 19 e no inicio do século 20. Agora o sol deve repetir esse pico, passando os próximos 22, 24 anos, com baixa atividade.
UOL: Isso vai diminuir a temperatura da Terra?
Molion: Vai diminuir a radiação que chega e isso vai contribuir para diminuir a temperatura global. Mas tem outro fator interno que vai reduzir o clima global: os oceanos e a grande quantidade de calor armazenada neles. Hoje em dia, existem boias que têm a capacidade de mergulhar até 2.000 metros de profundidade e se deslocar com as correntes. Elas vão registrando temperatura, salinidade, e fazem uma amostragem. Essas boias indicam que os oceanos estão perdendo calor. Como eles constituem 71% da superfície terrestre, claro que têm um papel importante no clima da Terra. O [oceano] Pacífico representa 35% da superfície, e ele tem dado mostras de que está se resfriando desde 1999, 2000. Da última vez que ele ficou frio na região tropical foi entre 1947 e 1976. Portanto, permaneceu 30 anos resfriado.
UOL: Esse resfriamento vai se repetir, então, nos próximos anos?
Molion: Naquela época houve redução de temperatura, e houve a coincidência da segunda Guerra Mundial, quando a globalização começou pra valer. Para produzir, os países tinham que consumir mais petróleo e carvão, e as emissões de carbono se intensificaram. Mas durante 30 anos houve resfriamento e se falava até em uma nova era glacial. Depois, por coincidência, na metade de 1976 o oceano ficou quente e houve um aquecimento da temperatura global. Surgiram então umas pessoas - algumas das que falavam da nova era glacial - que disseram que estava ocorrendo um aquecimento e que o homem era responsável por isso.
UOL: O senhor diz que o Pacífico esfriou, mas as temperaturas médias Terra estão maiores, segundo a maioria dos estudos apresentados.
Molion: Depende de como se mede.
UOL: Mede-se errado hoje?
Molion: Não é um problema de medir, em si, mas as estações estão sendo utilizadas, infelizmente, com um viés de que há aquecimento.
UOL: O senhor está afirmando que há direcionamento?
Molion: Há. Há umas seis semanas, hackers entraram nos computadores da East Anglia, na Inglaterra, que é um braço direto do IPCC [Painel Intergovernamental sobre Mudança Climática], e eles baixaram mais de mil e-mails. Alguns deles são comprometedores. Manipularam uma série para que, ao invés de mostrar um resfriamento, mostrassem um aquecimento.
UOL: Então o senhor garante existir uma manipulação?
Molion: Se você não quiser usar um termo tão forte, digamos que eles são ajustados para mostrar um aquecimento, que não é verdadeiro.
UOL: Se há tantos dados técnicos, por que essa discussão de aquecimento global? Os governos têm conhecimento disso ou eles também são enganados?
Molion: Essa é a grande dúvida. Na verdade, o aquecimento não é mais um assunto científico, embora alguns cientistas se engajem nisso. Ele passou a ser uma plataforma política e econômica. Da maneira como vejo, reduzir as emissões é reduzir a geração da energia elétrica, que é a base do desenvolvimento em qualquer lugar do mundo. Como existem países que têm a sua matriz calcada nos combustíveis fósseis, não há como diminuir a geração de energia elétrica sem reduzir a produção.
UOL: Isso traria um reflexo maior aos países ricos ou pobres?
Molion: O efeito maior seria aos países em desenvolvimento, certamente. Os desenvolvidos já têm uma estabilidade e podem reduzir marginalmente, por exemplo, melhorando o consumo dos aparelhos elétricos. Mas o aumento populacional vai exigir maior consumo. Se minha visão estiver correta, os paises fora dos trópicos vão sofrer um resfriamento global. E vão ter que consumir mais energia para não morrer de frio. E isso atinge todos os países desenvolvidos.
UOL: O senhor, então, contesta qualquer influência do homem na mudança de temperatura da Terra?
Molion: Os fluxos naturais dos oceanos, polos, vulcões e vegetação somam 200 bilhões de emissões por ano. A incerteza que temos desse número é de 40 bilhões para cima ou para baixo. O homem coloca apenas 6 bilhões, portanto a emissões humanas representam 3%. Se nessa conferência conseguirem reduzir a emissão pela metade, o que são 3 bilhões de toneladas em meio a 200 bilhões?Não vai mudar absolutamente nada no clima.
UOL: O senhor defende, então, que o Brasil não deveria assinar esse novo protocolo?
Molion: Dos quatro do bloco do BRIC (Brasil, Rússia, Índia e China), o Brasil é o único que aceita as coisas, que “abana o rabo” para essas questões. A Rússia não está nem aí, a China vai assinar por aparência. No Brasil, a maior parte das nossas emissões vem da queimadas, que significa a destruição das florestas. Tomara que nessa conferência saia alguma coisa boa para reduzir a destruição das florestas.
UOL: Mas a redução de emissões não traria nenhum benefício à humanidade?
Molion: A mídia coloca o CO2 como vilão, como um poluente, e não é. Ele é o gás da vida. Está provado que quando você dobra o CO2, a produção das plantas aumenta. Eu concordo que combustíveis fósseis sejam poluentes. Mas não por conta do CO2, e sim por causa dos outros constituintes, como o enxofre, por exemplo. Quando liberado, ele se combina com a umidade do ar e se transforma em gotícula de ácido sulfúrico e as pessoas inalam isso. Aí vêm os problemas pulmonares.
UOL: Se não há mecanismos capazes de medir a temperatura média da Terra, como o senhor prova que a temperatura está baixando?
Molion: A gente vê o resfriamento com invernos mais frios, geadas mais fortes, tardias e antecipadas. Veja o que aconteceu este ano no Canadá. Eles plantaram em abril, como sempre, e em 10 de junho houve uma geada severa que matou tudo e eles tiveram que replantar. Mas era fim da primavera, inicio de verão, e deveria ser quente. O Brasil sofre a mesma coisa. Em 1947, última vez que passamos por uma situação dessas, a frequência de geadas foi tão grande que acabou com a plantação de café no Paraná.
UOL: E quanto ao derretimento das geleiras?
Molion: Essa afirmação é fantasiosa. Na realidade, o que derrete é o gelo flutuante. E ele não aumenta o nível do mar.
UOL: Mas o mar não está avançando?
Molion: Não está. Há uma foto feita por desbravadores da Austrália em 1841 de uma marca onde estava o nível do mar, e hoje ela está no mesmo nível. Existem os lugares onde o mar avança e outros onde ele retrocede, mas não tem relação com a temperatura global.
UOL: O senhor viu algum avanço com o Protoclo de  Kyoto?
Molion: Nenhum. Entre 2002 e 2008, se propunham a reduzir em 5,2% as emissões e até agora as emissões continuam aumentando. Na Europa não houve redução nenhuma. Virou discursos de políticos que querem ser amigos do ambiente e ao mesmo tempo fazer crer que países subdesenvolvidos ou emergentes vão contribuir com um aquecimento. Considero como uma atitude neocolonialista.
UOL: O que a convenção de Copenhague poderia discutir de útil para o meio ambiente?
Molion: Certamente não seriam as emissões. Carbono não controla o clima. O que poderia ser discutido seria: melhorar as condições de prever os eventos, como grandes tempestades, furacões, secas; e buscar produzir adaptações do ser humano a isso, como produções de plantas que se adaptassem ao sertão nordestino, como menor necessidade de água. E com isso, reduzir as desigualdades sociais do mundo.
UOL: O senhor se sente uma voz solitária nesse discurso contra o aquecimento global?
Molion: Aqui no Brasil há algumas, e é crescente o número de pessoas contra o aquecimento global. O que posso dizer é que sou pioneiro. Um problema é que quem não é a favor do aquecimento global sofre retaliações, têm seus projetos reprovados e seus artigos não são aceitos para publicação. E eles [governos] estão prejudicando a Nação, a sociedade, e não a minha pessoa.

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Real Perigo

Retirado de The Washington Post

O país do momento é o Brasil, aquele caldo de nacionalidades de quase 200 milhões de pessoas. Uma democracia próspera, que tem um presidente muito popular e acentuada queda da pobreza. Para manter seu sucesso maravilhoso nos trilhos, o Brasil pode ter que fazer algo que horroriza seus diplomatas: enfrentar a China. A vulnerabilidade do Brasil vem de sua moeda, o real, que saltou um terço em relação ao dólar no ano passado. Um novo aumento pode prejudicar os exportadores e tornar impossível aos produtores nacionais competir com as importações baratas, perfurando a vitalidade em que o milagre brasileiro é predicado. As forças motrizes (de valorização) do real não estão prestes a se inverter. O primeiro indicador é á fragilidade da economia dos EUA, que faz com que o Fed (banco central dos EUA) mantenha as taxas de juro baixas, induzindo o capital a procurar retornos mais elevados em quaisquer lugares. O Brasil é o destino favorito: suas taxas de juro são altas e as condições financeiras inspiram confiança. A segunda força motriz que está fortalecendo o real é a China. No último ano a China voltou a atrelar sua moeda ao dólar, então o yuan seguiu a queda da divisa norte-americana, martelando a capacidade do Brasil de competir com os produtos chineses. Enquanto isso, o ilogicamente fraco yuan atinge produtores em outros países, encorajando os bancos centrais a manter taxas baixas de juro e levando mais capital ao Brasil.

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Impressões Novo Enem


Confesso que sai da sala 8 do bloco B no domingo um pouco angustiado. O segundo dia do Enem realmente fora cansativo, até mais que o imaginado, pois mesmo tendo o feito já no sábado, a prova de domingo conseguiu superar qualquer preparo prévio.
No segundo dia foram 90 questões que, simplificando, eram de português e matemática mais a redação. Para a redação foi disponibilizado uma hora além das quatro de costume, ou seja, cinco horas de exigido raciocínio. Cansativo? Além do suportável, porém mesmo cinco horas não foram suficientes para que eu conseguisse terminar o questionário de modo adequado. Dei uns dez a quinze chutes cegos.
Acredito que em relação à geral, ainda me sai bem. Dos muitos colegas que participaram a grande maioria, para não dizer todos, constataram-me que metade das respostas veio de palpites, nada de inesperado.  As intermináveis páginas, cada uma com duas ou três questões e textos relativamente grandes, eram um desafio a superar, um tédio. Quando as letras começaram a embaralhar-me as vistas, veio o pensamento: Será que havia sido previsto, pelo ministério da educação, tamanha dificuldade e cansaço? Era essa a proposta, uma prova de resistência psicológica e raciocínio rápido? Bom, se era, foi direcionada para  público alvo errado!
O ensino da escola pública brasileira é de indubitável baixa qualidade. Como prova viva disto, vi no Enem um quebra-cabeça muito além do que temos a capacidade de montar. Talvez, na concepção de Haddad, esta dificuldade da prova seja um meio de tornar explícita a real situação da educação no país e assim, de feridas a mostra, buscarmos um meio de melhorá-la. A impressão que me fica, no fim das contas, é que o Novo Enem é um importante passo para a educação brasileira, se não é diretamente na melhora de qualidade, ao menos serve para a análise mais aprofundada dos problemas geralmente maquiados por motivos políticos. O novo Enem não é a solução, mas faz a busca por ela torna-se um pouco mais fácil.

Um som filosófico

Teatro Dos Vampiros
 Legião Urbana
 Composição: Renato Russo

Sempre precisei
De um pouco de atenção
Acho que não sei quem sou
Só sei do que não gosto...

E nesses dias tão estranhos
Fica a poeira
Se escondendo pelos cantos
Esse é o nosso mundo
O que é demais
Nunca é o bastante
E a primeira vez
É sempre a última chance
Ninguém vê onde chegamos
Os assassinos estão livres
Nós não estamos...

Vamos sair!
Mas não temos mais dinheiro
Os meus amigos todos
Estão procurando emprego...

Voltamos a viver
Como há dez anos atrás
E a cada hora que passa
Envelhecemos dez semanas...

Vamos lá, tudo bem!
Eu só quero me divertir
Esquecer dessa noite
Ter um lugar legal prá ir...

Já entregamos o alvo
E a artilharia
Comparamos nossas vidas
E esperamos que um dia
Nossas vidas
Possam se encontrar...

Quando me vi
Tendo de viver
Comigo apenas
E com o mundo
Você me veio
Como um sonho bom
E me assustei
Não sou perfeito...

Eu não esqueço
A riqueza que nós temos
Ninguém consegue perceber
E de pensar nisso tudo
Eu, homem feito
Tive medo
E não consegui dormir...

Vamos sair!
Mas estamos sem dinheiro
Os meus amigos todos
Estão, procurando emprego...

Voltamos a viver
Como a dez anos atrás
E a cada hora que passa
Envelhecemos dez semanas...

Vamos lá, tudo bem
Eu só quero me divertir
Esquecer dessa noite
Ter um lugar legal prá ir...

Já entregamos o alvo
E a artilharia
Comparamos nossas vidas
E mesmo assim
Não tenho pena de ninguém...

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Sonhos cotidianos e o fantástico mundo das narrativas



Quando Oscar Wilde disse "A vida imita a arte muito mais do que a arte imita a vida" creio que pecou em um pequeno detalhe: A vida nem sempre imita arte. Apenas deseja imitar!
No último sábado, cedendo à insistência da namorada, fui assistir ao filme "Lua Nova" que já é um grande sucesso de bilheteria (não tanto de crítica) atraindo milhões de fãs (99% do sexo feminino) para as poltronas do cinema. O filme em questão pertence a  "Saga Crepúsculo", cuja narrativa insossa jamais me permitira entender qual o motivo de tanta popularidade do conto. Seriam os garotos sem camisa dos filmes os responsáveis? Seria a "boa" e velha estória de vampiros? Seria o romance e o triângulo amoroso que discorre por entre o roteiro? Seria a semelhanças das fãs com a protagonista?
O fato é que o grande atrativo de Crepúsculo, como o de boa parte dos blockbusters americanos, é a interatividade entre a realidade contemporânea e o fictício instigante, a soma de mundo normal com fatos imaginários. Existem mesmo muitas garotas com personalidade parecida com a de Bella (a mocinha do filme), no entanto as experiências vividas pela personagem são, ao mesmo tempo, impossíveis e excitantes para estas meninas. Logo elas vêem nas telas do cinema um sonho tangível, se vêem no lugar das personagens, um desejo realizado por duas horas. Por isso tantas fãs.
É tudo bobagem? Coisa de mulherzinha? Então quero que atire a primeira pedra o garoto que nunca sonhou ter sido picado por uma aranha radioativa, ou melhor, o homem que nunca imaginou ter capacidade suficiente para varrer as ruas de assassinos e ladrões os quais assombram nossa sociedade. São nas narrativas que podemos satisfazer nossas vontades, encontramos personagens com o poder de fazer o que queríamos poder fazer, são nelas que obtemos um pouco mais de felicidade.
"A vida deseja imitar a arte muito mais do que a arte imita a vida" - Talvez porque a arte parece ser sempre tão perfeita. Até em suas irregularidades, distúrbios, parece sempre completa, signifitiva, diferente de nossas vidas sem sentido as quais apenas vivemos, sem rumo traçado, sem funções convenientes, apenas com a certeza de que irá acabar, com a certeza de que um dia nos desligarão da Matrix (por que não?).

terça-feira, 10 de novembro de 2009

Um Mundo de Abdicações



Sinceramente. Quem nunca pensou em largar mão? Pensou em deixar tudo para trás e ir vender coco na praia?  Possivelmente seríamos muito mais felizes assim: sem preocupações, sem cotidiano, sem rotina estressante.
  Infelizmente, nos falta coragem e capacidade para desligar do material e viver intensamente, somos escravos do nosso consumismo, infelizmente no mundo em que vivemos o foco é o DINHEIRO e não a FELICIDADE. Assim sendo, acabamos não abdicando do material, mas sim do EMOCIONAL! Abandona-se família, amigos, amores, tudo em nome da carreira, as horas de lazer são trocadas por horas extras, uma vida que poderia ser simples dá lugar á uma vida corrida, cheia de compromissos e sem tempo para o próximo, uma vida a qual não sabemos por que a vivemos, pois no final o dinheiro não levou-nos a lugar algum.
  São 48 horas de trabalho semanais, somando é apenas dois dias dos sete que compõem a semana. Claro que se contarmos umas duas horas por dia referentes ao transporte, a organização pessoal e as rebarbas do horário de almoço, passamos para 60 horas, fazendo mais uma horinha por dia de extra, vamos a 70, bom, apenas 40% da semana. Ainda sobra tempo para cuidar da casa, da família, visitar os amigos, ir passear, viajar, festejar, estudar, dormir. Sobra mesmo tempo?
  Mas afinal, não há do que reclamar. Está tudo tão bom, ano que vem me formo, já estou fazendo estágio e serei efetivado. Claro que este meio tempo foi difícil, 4 anos do trabalho para faculdade, da faculdade para o trabalho não é qualquer cristão que aguenta. Mas já foi! Ano que vem me formo, e daí é só alegria, só mais uns 35 anos trabalhando e finalmente... finalmente... bom, vou estar velho, fadigado mentalmente (trabalhar cansa) e com um corpo acabado (pois não tive tempo para me exercitar). Mas vou estar finalmente livre para curtir a vida! Se eu der sorte e não ter nenhuma doença, vou uns 3 ou 4 anos curtindo adoidado, e no final tanto trabalho valeu à pena!
 Valeu mesmo?












quinta-feira, 24 de setembro de 2009

O Tio Sam dividiu o trono!


A pouco tempo atrás acompanhamos de nossos televisores (e somente por eles) a tão temida Crise Mundial, acontecida graças ao problema de crédito americano, problema este que transferiu-se para todo o globo através do mutualismo econômico EUA - Resto do Mundo. Quem não sucumbiu ao pânico durante esta crise, pode observar um interessante acontecimento: Países, até ali, vistos como pouco influentes foram definitivamente enxergados como futuras potencias, em especial a China, economia em clara e agressiva expansão que pouco foi abalada pela crise .

Incontestavelmente os americanos vêm perdendo espaço política e economicamente, deixaram de ser o único ponto de referência em autonomia e apoio e acabaram abrindo espaço para a concorrência. É claro que em questões militares os EUA ainda é o principal negociador, mas em um mundo onde cada vez mais as grandes guerras são travadas de terno e gravata o poderio bélico, como o EUA, deixa de ser tão influente.

A concorrência citada acima trata-se de mais dois "gerenciadores de economias", os únicos que podem fazer frente ao ex-imperialista EUA, são eles:

A China, que com sua barata mão de obra, produção e exportação descontroladas, aumenta seu PIB a cada minuto que passa, tornando-se uma atrativa forma de investimento;

E a já conhecida Europa, que pelo avanço tecnológico, organização e padrão de vida elevado, é modelo para muitos países em desenvolvimento.

Contudo, o Estados Unidos está longe de ser uma massa falida, apesar da especulação, a maior economia do mundo e fonte de investimentos ainda é ele, e como sentiu morder seu calcanhar provavelmente acordará e buscará soluções rápidas para seus impasses, fazendo com que está batalha por aliados fique apenas mais apimentada, e para nós segundo mundo, atrativa!

O Brasil apesar de toda sua autonomia em questões sul-americanas, e de sua riqueza natural absurda, é apenas um jovem inocente cheio de energia no meio desse mundo de ricos e larápios macacos velhos, a administração dos variados e abundantes recursos tupiniquins é de suma importância para a agilidade no desenvolvimento, pois é certo que o crescimento virá, agora é escolhermos se ele vem de avião ou a nado.


quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Conflitos & Religiosos

Ao ser indagado recentemente a respeito dos conflitos religiosos incessantes na Faixa de Gaza, tive que informar que estava desinteirado do assunto e logo mudei o rumo da prosa. Para não correr o risco de ficar boiando se me questionarem novamente, resolvi abrir nosso grande Google e pesquisar um pouco sobre esses benditos conflitos:

Sempre discordei do termo “Guerra Santa”, penso que “santo”, no sentido humanista da palavra sem a mínima influência religiosa, seja algo que exale bondade, assim sendo uma guerra jamais poderia ser santa. Um termo mais coerente, porém também dubitável, é Conflito Religioso.

Penetrando um pouco na história destes conflitos, percebo que seus fatores geradores não são diretamente religiosos, geralmente são questões geográficas, políticas e econômicas que geram discordância entre, neste caso, diferentes religiões.
Seguidores de uma mesma crença geralmente focam o mesmo ideal, têm uma mesma forma de convivência e quando seus lideres religiosos discordam de algo, eles, fervorosos fiéis, também o discordarão e seguirão discordando cegamente “em nome de Deus” (ainda quero colocar um post só sobre a influência das religiões na sociedade). Esse impulso “divino” que torna os conflitos envolvendo devotos tão árduos, pois a causa que poderia ser passível de acordo acaba transformando-se em um inadmissível ataque a seus ideais religiosos.

O conflito Israel-Palestino é exemplo de luta geopolítica fortemente intensificada por elementos religiosos. Jerusalém, centro dos conflitos, é uma cidade sagrada tanto para os Árabes, quanto para os Judeus, os últimos retêm a posse do território atualmente e, segundo os mesmos, não saem de sua cidade sagrada por motivo algum. Com um pouco mais de raciocínio e menos de fanatismo, esta guerra que já dura mais de meio século poderia finalmente terminar, mas infelizmente, esse tal “Deus” deles ainda não quer...

Por estas e outras que nos questionamos se realmente a religião é benefica para a sociedade. Acredito eu que indiferente de religião, cor, cultura ou qualquer que seja a diferença, o importante é sempre praticar o bem!!!

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

CQC – Irreverência que muda hábitos

De grosso modo, a televisão aberta é nada mais que uma fonte de entretenimento puro e inútil, isso acontece por opção do brasileiro, que raramente liga a TV em busca de conhecimento ou educação. Considerando que a TV aberta sobrevive exclusivamente de anúncios e propagandas, ganha se mais quem é mais assistido, no caso, quem transmite o que o povo quer ver.

Claro que se analisarmos a fundo, vemos que existem uns poucos grãos de trigo no meio do joio, TV Escola, Futura e Cultura são exemplos de canais que agregam conhecimento (são canais abertos, mas transmitidos apenas por parabólicas), o porém é que sua comunicação apresenta-se formal demais para o perfil do cidadão brasileiro.
Fica a pergunta: “Como então conseguir que a TV não seja apenas uma “desaceleradora” de cérebros?” Uma resposta muito criativa, pode ser notada com o CQC, exibido as segundas a noite na Band. Custe o Que Custar é um programa humorístico (engraçado de verdade), com um forte teor político acoplado, é essa temática que faz toda a diferença.
Não que o CQC esteja livre do estereotipo televisivo, os “merchãs” do programa são absurdos e os comercias infinitamente longos. Entretanto, estes contras não tiram o brilho das entrevistas cheias de sarcasmo dos repórteres de preto, no congresso, parlamentares sofrem nas mãos de Danilo Gentili, Rafael Cortez e companhia, que volta e meia estão cobrindo eventos políticos fora de Brasília também.


É uma segunda a noite, você chega em casa cansado, logo liga a televisão para assistir algo leve, que te relaxe, algo que seja engraçado por exemplo, então encontra um programa humorístico na Band com o nome de CQC, começa a assisti-lo, aprecia ele, e quando se dá por ver, sabe muito mais de política do que achava que realmente sabia. É com esse disfarce de comédia anti-stress que CQC vem inserindo um pouco de conhecimento nessas cabeças ocas brasileiras. Parabéns Marcelo Tas(sou fã do cara) e equipe, que vocês sirvam de exemplo para outros programas e emissoras.

terça-feira, 15 de setembro de 2009

N95 – Um verdadeiro canivete suíço!

Comprei há pouco tempo um Nokia N95, correto, estou meio atrasado pois o celular foi lançada faz alguns anos, mas como não sou abonado financeiramente, só agora consegui a façanha.
Minhas expectativas, foram em boa parte superadas, deu um pouco de trabalho hackea-lo, baixar os programas, mas no final tudo valeu à pena.
O menino tem câmera 5 megapixels com flash (mesmo assim à noite não é tão boa), dois alto falantes (autos pacaramba), desliza p/ cima e p/ baixo (nesse modo aparece os controladores de música), tem Bluetooth, infravermelho, gps (grátis, só que até agora não o testei devidamente), acelerômetro, câmera frontal, up p/ cartão até 16gb.
Saindo dos periféricos, vamos agora p/ o symbian (o sistema operacional), p/ você utilizá-lo totalmente é necessário fazer o hack (facilmente você encontra como na internet, tente fazer assistindo o video, fica mais fácil), depois é só alegria, tem muitos programas disponíveis p/ ele, fora os jogos geralmente de ótima qualidade.
Recomendo o GSMFans p/ os usuários, realmente um blog muito bom p/ quem tem um Nokia.
E p/ quem deseja comprar um I-Phone, pense duas vezes, apesar do I-Phone ser bem mais “gostosinho de mexer”, suas utilidades são limitadas, busque no Google a comparação entre os dois, geralmente o N95 se dá melhor!!!
Se alguém possuir alguma dúvida ou alguma informação para dividir, estou a disposição!!!

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Hipocrisia e um bocado de indignidade

Há alguns dias atrás assisti no Pânico na TV (sim, assisto pânico) um quadro onde havia um repórter (o cara é o que interpreta o “Traficante Macho Passivo, muito conhecido no You Tube) que na rua perguntava a alguns entrevistados o que achavam do caráter de Sarney, a resposta de prontidão era quase sempre a mesma, “o cara é um ladrão, tem que tirar ele de lá”. Mas a situação mudava quando o repórter fingia que desligava a câmera e oferecia uma merrequinha, dez ou vinte reais, para o pessoal falar bem de Sarney. Ao religar a câmera, via-se bons atores, testemunhando cheios de orgulho, sobre a honestidade acima de qualquer suspeita do “Imperador Maranhense”.


“Faça o que eu digo, mas não faça o que eu faço”, esse é o ditado que se familiariza melhor com a personalidade brasileira, personalidade malandra esta, que por cultura, sempre esteve inserida em nossa sociedade, mas nunca foi considerada ruim, até o momento, é claro, que começou gerar prejuízos, exemplo dos que vemos na política.

A influência da corrupção é tanta, que já á consideramos comum, já á aceitamos e infelizmente já cometemo-las. Governantes são sinônimos de corruptos e os votos sinônimos de desperdício, a realidade é esta, grotesca, pois lideres são reflexo do seu povo, se julgamos todos corruptos, é porque há uma grave falha em nossa conduta.

Felizmente, no quadro do Pânico, havia alguns cidadãos de respeito, os quais não foram comprados por migalhas, resta a estes, o dever e a honra de defender nossa sociedade e acreditar nela, pois quando já se foi a esperança, não existi mais nada...

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Insignificante Mundo Novo

Olá!!!

Essa é minha 1ª vez galera! Por isso tem que ser devagarinho...

esse blog está sendo gerado graças a minha imensa vontade de falar mal dos outros!  Agradeço ao Google pela oportunidade (Google vai dominar o mundo, escreve o que eu estou dizendo!)

O nome do blog é p/ parecer irônico, algo fora do comum, escolhi ele depois de duas tentativas, a 1ª foi "Fora de Cogitação" e depois "Fora de Esquadro", bom, os "foras" não deram certo, já existiam (consultei-os blogs correspondentes ainda p/ ver o conteúdo, tinha bosta nenhuma, estavam abandonados motherfuck) dai pensei em algo que fosse simples, mas com um significado profundo, foi ai que me veio a cabeça o "Insignificante Mundo". Porquê? Sou um adébito de uma filosofia de vida cheia de simplicidade e calmaria, e Insignificante Mundo, passa a imagem de que nada é tão irmportante e urgente...

O que postarei? Tudo que me der na telha!!!

Aguardem notícias ;)